Imagine Dragons e Muse encerram o Rock in Rio com duas grandes performances

O Rock in Rio terminou 😭😭😭, mas o encerramento foi com chave de ouro. Na quarta passagem pelo Brasil, o Imagine Dragons fez sua estreia no festival. O show abriu com o sucesso Believer seguido de It’s Time. Entre os destaques da apresentação estavam efeitos de fumaça, jogo de luzes e papel picado. Um trecho cover de Every Breath You Take, do The Police, também fez parte do repertório. Um dos melhores momentos foi quando eles tocaram Demons, uma das músicas mais famosas da banda. Antes dela, o vocalista Dan Reynolds lembrou que foi diagnosticado com depressão e ansiedade. Aí claro que o público começou a chorar…

Bad Liar e Birds também comoveram os fãs. Antes de Birds, Dan sensibilizou a todos. “Eu perdi um de meus amigos para o suicídio. Ele foi uma das pessoas que mais me defendeu quando eu sofria bullying no colégio. Minha cunhada foi embora por conta de um câncer. Muita gente aqui já perdeu gente que ama. E esta música é para vocês. Vamos celebrá-los. Um dia, de alguma forma, vamos encontrá-los novamente, disse emocionado.

Pausa para falar sobre a interação de Reynolds com a galera: cheio de discursos motivacionais e importantes em relação à diversidade sexual e a doenças mentais. O que foi ele dizendo que ama o Brasil? 😍😍😍😍😍😍. O cantor revelou que o pai morou no país por dois anos e por isso ele passou a gostar daqui. “Sempre que tem um jogo de futebol, torcemos pelo Brasil. O destino me preparou para estar aqui.” Em outro momento ele declarou “eu poderia morrer hoje que estaria feliz”. Gente como não amar? 😍😍😍😍 . Para encerrar em grande estilo, o show conta com os grandes sucessos On top of the world  e Radioactive.

Foto: Ariel Martini/ I Hate Flash

Depois do Imagine eu pensei: sacanagem terem colocado o Muse para fechar o festival. É uma grande responsabilidade depois da performance anterior. Se fosse eu no lugar deles sairia correndo. 😂😂😂😂😂

Desculpem, não tenho nada contra a banda, são talentosos, cantam bem, mas tem algo que eu não gosto neles nem consigo explicar. Acho que muita gente que estava lá pensou o mesmo e resolveu ir embora mais cedo. Resolvi assistir e cheguei a conclusão de que perderam um espetáculo incrível! Foi a segunda vez deles no Rock in Rio (a primeira aconteceu em 2013) . O grupo surpreendeu o público com um repertório extenso: Pressure, Propaganda e Thought Contagion, do disco mais recente, Simulation Theor. Também não faltaram os maiores sucessos como Supermassive Black Hole, Uprising e Hysteria.

Foto: MARCELO THEOBALD

O vocalista Matthew Bellamy chamou atenção com um visual futurístico: óculos de led, luva robótica e jaqueta de led. O show é completo em todos os sentidos: cenário futurista, efeitos visuais e sonoros, o uso de sintetizadores, bailarinos mascarados e robôs e até chuva de papel picado. A melhor parte foi Supermassive Black Hole, trilha sonora do filme Crepúsculo, que fez o trio conquistar muitos fãs no Brasil. O vocalista mostrou todo o seu talento chegando a tocar guitarra com a boca durante a música! No final um robô gigante surge no do palco durante o último ato da apresentação.

Se tem algo que nunca consegui entender é qual o estilo do Muse, eu defino como um rock alternativo com pegada eletrônica futurista. Acho que acabei de inventar esse estilo😂😂😂😂😂. Para quem curte o movimento artístico, a área de tecnologia e ficção científica, o show foi um espetáculo muito bem executado! No fim das contas, o Muse deu conta do recado, mas para mim e muitos que estavam lá a noite já tinha acabado depois do espetáculo do Imagine Dragons. Desculpa Muse…

Ainda no domingo tivemos o Nickelback (odiado por muitos sem motivo) de volta ao Rock in Rio. Os hits Hero, Someday, Far Away, How You Remind Me, Rockstar e Photograph estiveram presentes. Em certo momento, eles surpreenderam tocando um trecho de Sad But True do Metallica. Infelizmente no começo da apresentação o microfone de Chad Kroeger estava com problemas, muitas vezes houve falhas ou o som ficava muito baixo. Mesmo assim o que me impressionou no show é que a voz do Chad ao vivo é idêntica a voz de estúdio. Não muda nada! 😱😍

Usando uma camiseta dos Ramones, Chad interagiu bastante com os fãs e contou sobre uma festa na noite anterior que aconteceu no hotel com os integrantes do Muse e Imagine Dragons. “Bebi bastante”, brincou. Quem aí queria participar dessa festinha? 🙋‍♀️🙋‍♀️🙋‍♀️🙋‍♀️🙋‍♀️

Foto: Tony Alex/TMDQA!

Sou suspeita para falar porque é umas das bandas que curto, mas não entendo o motivo do Nickelback ser tão odiado. Sim, é fato que as melhores músicas deles são baladas românticas, mas o grupo também tem uma pegada rock. Prova disso foi a abertura com Feed the Machine e também o encerramento com Burn It To The Ground. Quem pesquisar mais um pouco vai ver que eles têm outras ótimas canções do mesmo estilo e até vai deixar de odiar um pouco o grupo. Mas é fato que o sucesso do Nickelback se deve às mais românticas como Far Away (umas das que eu mais amava na época em que acreditava no amor).

Antes deles, tivemos os Paralamas do Sucesso abrindo o Palco Mundo em sua quarta participação no festival. Os clássicos estavam lá: Alagados, Meu Erro, Cuide Bem do Seu Amor, Óculos, Calibre, entre outras. Quase sempre antes de começar um desses sucessos, o vocalista Herbert Vianna brincava com o público dizendo que talvez eles conhecessem tal canção e aí a galera cantava junto!

Destaque para a ausência de Que país é esse? O que aconteceu nesse Rock in Rio que nem Capital nem Paralamas tocaram esse clássico? Confesso que até gostei, estou enjoada dessa letra, mas é sempre legal saber quem a plateia vai mandar tomar no C* 😂

Mesmo assim, o show teve tom político. No telão foram exibidas imagens de Nelson Mandela, Martin Luther King, Chico Mendes, John Lennon. Herbert Vianna chegou a chamar o Brasil de país de quinto mundo ao elogiar a organização do festival. Quem concorda respira…🙋‍♀️🙋‍♀️🙋‍♀️🙋‍♀️

Sunset

Tivemos o pop do Lulu Santos pela quarta vez no Rock in Rio… ok é pop… sem querer mudar o foco, mas preciso falar dessa apresentação que teve público mais animado que o dos Paralamas, que estavam no palco principal. Já mandou hit atrás de hit, só as melhores das melhores: Tempos Modernos, Toda Forma de Amor e Apenas mais uma de amor. A galera sempre cantava junto (beeeeeem melhor que os fãs do palco Mundo). Tô tentando entender até agora porque o Lulu não estava nesse palco….

Tudo ia perfeitamente bem… Aí ele me inventa de convidar um tal de Silva (desculpem nunca ouvi falar) e a ex-The Voice Priscila Tossan (também nunca nem vi). Com Silva, Lulu cantou Ovelha negra, de Rita Lee, e Admirável gado novo, de Zé Ramalho. Em seguida, Silva cantou uma tal de Fica tudo bem (que até então eu não conhecia, mas descobri que é daquela tal de Anitta, que estragou o Rock in Rio no sábado) com Priscila, que não tem voz nenhuma. Que música horrível! Sério não ficou nada bem no show 😂

Ok, após esses momentos sofríveis e ótimos para quem tem insônia, Lulu assume novamente o palco e a galera acorda com os clássicos: Aviso aos Navegantes, Assim caminha a humanidade e Descobridor dos sete mares. Lulu foi a única atração que prestou do palco Sunset no domingo!

Sábado

Nada de rock que presta, mas tivemos o grande show da Pink (sim ela não é roqueira, mas mereceu um post), confiram: https://bit.ly/2ATRCep

Sexta-feira

O festival foi dedicado ao metal com Iron Maiden, Scorpions, Helloween e Sepultura. Desculpem não é um estilo que curto muito….

Quinta-feira

O Capital Inicial abriu a programação no Palco Mundo. Foi a sétima 😱😱😱😱😱 vez que eles participaram do evento. A primeira aconteceu em 1991, depois 2001, 2011, 2013 e 2017, todas no Rio de Janeiro. Além dessas, eles também estiveram na edição de Lisboa em 2014.

O show começou com Tudo vai Mudar, do disco novo “Sonora”, a minha favorita ultimamente. Já na primeira canção tivemos de volta aquele efeito pirotécnico com jatos de fogo no palco. Esse efeito existe desde a gravação do DVD Multishow ao Vivo em Brasília, mas em respeito às vítimas do incêndio da Boate Kiss, a banda parou de usar em 2013. Mas já deixo aqui meu pedido para eles manterem esse efeito nas próximas apresentações.

Com exceção da canção de abertura, outra surpresa foi Tudo que Vai, que raramente chegou a ser tocada no festival. Eles também apostaram nos clássicos Independência, Quatro vezes você, Música Urbana, Natasha, Veraneio Vascaína, Não olhe pra trás, Primeiros Erros, Fátima e À sua maneira. Ainda teve Tempo Perdido com Dinho Ouro Preto afirmando que a Legião Urbana é a melhor banda de rock do Brasil. Mas a galera queria mais: o público sentiu falta de Que país é esse? (sempre tem alguém pra reclamar 🤦‍♀️) e como o tempo já havia acabado, Dinho só cantou um trecho e aproveitou para deixar seu discurso. “Por um país [que fique] menos na mão de extremistas. Eu acho que quem assiste ao debate brasileiro acaba achando que, por eles serem mais barulhentos, representam o Brasil, quando, na verdade, o Brasil é um país de moderados”, disse. Esse momento não foi mostrado pela transmissão do Multishow, mas é inacreditável como todos os sites destacaram apenas essa parte da apresentação…. Mesmo assim, o público curtiu bastante todas as músicas.

Crítica de fã

Eu poderia dizer que amei, mas não foi bem assim. Todo mundo que me conhece sabe o quanto amo essa banda, mas acho que fã às vezes tenho o direito de criticar né? Da mesma forma que, se vejo alguém criticando eles, tenho o dever de defendê-los. Acho que poderia ter sido melhor. Sim, em um evento desse tamanho não podem faltar clássicos e realmente eles estiveram presentes em todo o repertório (com exceção de Que país é esse?). Se tem uma pessoa que já foi em muitos shows do Capital sou eu e talvez por isso, estou um pouco cansada do setlist, que dificilmente varia. Ok, sei o quanto é importante para eles estarem participando desse evento pela sétima vez e também sei que o Dinho é fã do Red Hot Chili Peppers , por isso eles quase sempre tocam no mesmo dia, mas seria interessante inovar um pouco… De repente poderiam ter colocado mais alguma coisa do atual disco Sonora ou tocado um cover de alguma banda internacional como eles fizeram com Should I stay or should I go (The Clash) no Rock in Rio 2013 (para mim foi um dos melhores shows deles no festival). Ou então juntar uma música da banda com a de outra artista como eles fizeram em 2001 abrindo com O passageiro, emendado com All Along The Watchtower (escrita por Bob Dylan), e também em Que país é esse? com alguns versos de I don’t care dos Ramones. Ou de repente para variar mais podia juntar o Capital com outra banda igual fizeram com os Raimundos e CPM22. Até poderia ser com esses dois grupos, com os Paralamas do Sucesso, ou Barão Vermelho ou Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá  ou a Scalene, que é mais recente, entre tantas outras. Percebem o tanto de ou? Existem infinitas opções! Seria legal ver o Capital tocando e cantando canções de outras bandas e vice-versa. De repente eles podiam até tocar alguma com o Red Hot. Ok… aí já sonhei alto demais…

Foto: AFP

Se o Capital resolveu apostar nos maiores sucessos, não posso dizer o mesmo do Red Hot Chili Peppers. Com o show deles dá para entender melhor o que quis dizer sobre a banda de Dinho Ouro Preto. O Red Hot abusou um pouco ao tentar variar o setlist e arriscou muito apostando em músicas não tão conhecidas. Ok, eles já vieram NOVE vezes ao Brasil, então não custava nada inovar né? O maior problema é que faltaram alguns grandes hits como Under The Bridge e Otherside, o que acabou desanimando o público do festival.

Por outro lado muitos fãs ficaram felizes com a inclusão de Sikamikanico (que eles nunca tinham tocado ao vivo) em homenagem ao aniversário do guitarrista, Josh Klinghoffer. Os covers de Just What I Needed, do The Cars, em tributo ao vocalista Ric Ocasek, e I don’t want to grow up, conhecida na versão dos Ramones, também foram interessantes. Dani California e Californication não ficaram de fora. Give It Away fechou a apresentação. E aí qual artista vocês mais gostaram?

 Foto: Marcelo Brandt/G1

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